26 de jun. de 2014

Voltemos para o Verdadeiro Evangelho!





Irmãos, depois de um longo período sem postagens hoje voltamos a alimentar o nosso blog, não que tivéssemos deixado o blog de lado, não, mas os problemas do nosso cotidiano acabaram nos privando de tempo e meios para escrevermos, é como diz Eclesiastes 9:11: “Pois o tempo e o acaso sobrevém a todos”.

Todos os dias é costumeiro em meu serviço durante a hora do almoço, conversarmos um pouco sobre Teologia e temas afins, e hoje não foi diferente... tivemos uma longa conversa sobre teologia, história e eclesiologia, e no decorrer da conversa surgiu uma questão muito pertinente. 

Me perguntaram:

Será que hoje as nossas igrejas atuais estão refletindo o verdadeiro espírito cristão ou estamos voltando ao movimento supersticioso católico dos séculos VIII ao XIV, onde o cristianismo católico ficou envolto na busca/uso de relíquias e talismãs cristãos como pedaços da cruz de Jesus, mortalha que envolveu o seu corpo ou coisas do gênero com o objetivo de obter proteção ou mais proximidade com Deus?

Quando me fizeram essa pergunta eu fiquei surpreso, pois a pessoa que a fez é um neófito (novo convertido), e ele fez a pergunta com bastante convicção e confiança, que afirmo dizer que cheguei até me “emocionar”, por que além de ser um colega de trabalho, irmão na fé, eu tenho o prazer e felicidade de auxiliá-lo nos estudos teológicos, e vê-lo progredir me mostra quão grande é a atuação de nosso Senhor sobre a vida dos seus servos, é a pura confirmação de Hebreus 11:6: “... e que Deus recompensa aqueles que o Buscam”.

Essa pergunta é bastante complexa, pois para entende-la temos que tratar de vários pontos de vista, entre eles o antropológico, sociológico, histórico e teológico. A antropologia (ciência que estuda o homem) e a sociologia (a ciência que estuda o homem dentro de um grupo social) nos mostram que o homem foi feito para viver em comunidade, ele não consegue viver isolado, recluso a parte de um grupo que tenha os mesmos valores e conceitos que os seus - embora alguns optem pelo o isolamento, muitos o fazem por motivos de cunho espiritual/religioso - e dentro de uma sociedade o homem desenvolve uma hierarquia, onde o objetivo é delinear limites aos membros desse grupo, e os estudiosos atestam que em grande parte dos grupos sociais o nível hierárquico mais proeminente são as dos lideres espirituais (guias, xamã, pajés, gurus, papas e etc...) que promovem um encontro, uma ponte entre o “físico” e o “espiritual”, entre o “homem” e “Deus”.

Todos os homens são dotados de Espiritualidade, quando eu digo espiritualidade é a vontade de se achegar a Deus, de se conectar com o Divino, e com o tempo o homem transformou a Espiritualidade em Religiosidade, que consiste em criar dogmas e ritos estruturados para se achegar a Deus. Ao estudar a História humana, desde o desenvolvimento da escrita e da olaria, o homem deixou claro as suas crenças, os seus rituais para o encontro com Deus, e até grupos não letrados encontramos uma liturgia bem estruturada. Isso tudo ocorre por que Deus colocou no coração do homem o desejo de submissão a um ser supremo – O Próprio Deus. O profeta Jeremias deixou isso bem explícito em seu livro onde nos diz:

“Eu sei, Senhor, que a vida do homem não lhe pertence; não compete ao homem dirigir os seus passos. ” – Jeremias 10:23

O homem sente a necessidade de adorar, de crer em um ser supremo que pode lhe escutar, ajudar, sustentar e punir. Essa é a base de todas as crenças religiosas existentes, desde os índios Tupinambás do Brasil aos antropófagos das ilhas na Oceania, passando pelos os Massais na Africa e os Cristãos Europeus/Americanos/Asiáticos/Africanos e etc...

Desde os tempos remotos essa busca por adoração foi sendo desenvolvida através das Eras. Os grandes Impérios do passado como o Egito, os Assírios, Babilônios, Persas, Medos, Gregos e Romanos, tinham uma forma de adoração muito vasta e pluralista, onde havia deuses responsáveis para cada atividade do cotidiano, como “Rá” no Egito era responsável pelo o nascer do Dia, já na Suméria e Babilônia nós tínhamos o Deus Utu, para os Gregos era Apolo e para Romanos o nome era Febo. E cada membro da sociedade era devota de um ou mais deuses, pois o Panteão (Pan – significa todo, e Teão vem de Theos – Deus, assim definimos Pantheos como sendo o conjunto de Deuses de uma sociedade), era bem vasto e sempre tinha um Deus que poderia suprir as suas necessidades, e era bem comum o uso de objetos que reverenciasse o Deus no qual você era devoto, isso é o que chamamos de talismãs/amuletos/imagens e relíquias. Em meio a essas sociedades panteístas eis que Deus suscita um homem – Abrão. Esse homem era residente da cidade Sumeriana de Ur, que era idólatra. Porém Deus (Yahveh) o chamou para sair daquela sociedade idólatra, pluralista e panteísta, para se tornar pai de uma nação, que não teriam Deuses para a adoração, que não teriam imagens para venerar, e sim um único e poderoso Deus, que não poderia ser representado por mãos humanas, apenas sentido nos corações aqueles que o buscasse. Deus prometeu a esse homem, a paternidade de uma grande nação, embora ele já tivesse mais de 90 anos e sua esposa 80 anos, e ainda fora o agravante da idade ainda tinha a esterilidade de Sarai, mas como para Deus nada é impossível ele mudou o nome de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara, e concedeu-lhe um filho e a partir desse filho começou a história da nação de Israel. Isaque tornou-se Pai de Esaú e Jacó. Deus elegeu Jacó, que posteriormente teve o nome mudado para Israel, para prover descendência para o Messias; Jacó teve 12 filhos e depois os descendentes de Israel se tornaram escravos no Egito, foram libertos depois de 400 anos de escravidão pelo o profeta e legislador Moisés e esse lhe apresentou as leis de Deus a aquela nação. O Povo de Israel se tornou um povo pactuado com Deus, e deviam viver debaixo das Leis e estatutos de Deus, com o objetivo de mantê-los purificados das práticas imorais e idólatras das nações circunvizinhas:

"Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão. Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos." - Êxodo 20:2-6

Esse mandamento além de indicar a soberania e exclusividade de Deus ainda os protegia da contaminação moral dos povos que os rodeava. Mas a história mostra que durante vários momentos o povo de Israel se afastou dos mandamentos e praticaram o que era desprezível ao nosso Senhor e assim foi até a vinda do Messias!

Quando Jesus nasceu a nação de Israel estava sobre o domínio Romano, e o império Romano tinha um costume muito elogiável que era de não destruir a cultura dos povos conquistados, eles poderiam desfrutar de sua cultura e religião, contanto que pagassem os tributos e cedessem membros para o alistamento militar quando necessário. Quando Jesus veio ele começou a mostrar que aquela nação apenas diziam louvar e adorar a Deus, quando na verdade estavam usurpando a verdade, eles tinham a obrigação de ser a luz do mundo, porém estavam em trevas espirituais, Jesus citando Isaías 29:13 disse:

‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens’". Mateus 15:8-9

E ainda mostrando a falta de consideração com a Lei e hipocrisias ele nos disse:

"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo. "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo. - Mateus 23:23-26

Ou seja aqueles fariseus e mestres da Lei estavam deturpando os mandamentos de Deus para se adequar aos seus objetivos, assim eles estavam sendo hipócritas e imorais e por causa disso Jesus disse:

Ele respondeu: "Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada pelas raízes. - Mateus 15:13

Jesus indicou que Deus iria arrancar a salvação da nação de Israel assim como uma planta que não presta é arrancada e jogada fora. Aqueles líderes religiosos perseguiram e crucificaram a Jesus, a sua morte marcou o início do cumprimento da profecia de restauração dos homens mediante o sangue do cordeiro, e da mesma forma que perseguiram a Jesus também perseguiram os seus apóstolos e discípulos (Nenhum escravo é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também perseguirão vocês. - João 15:20) e com isso o cristianismo começou a ganhar outras terras fora de Israel. Os apóstolos e discípulos começaram a discriminar o evangelho em meio aos pagãos do império romano. No início do cristianismo os apóstolos combateram veementemente a idolatria como podemos ver em alguns textos abaixo:

# Portanto, meus amados, fugi da idolatria. - 1 Coríntios 10:14

# Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. - 1 Coríntios 5:10

# Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. - 1 Coríntios 5:11

# Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias. - Gálatas 5:19,20

# Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. - 1 Coríntios 10:7

# Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. - Efésios 5:5

# Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria. - Colossenses 3:5

# Mas, ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira. - Apocalipse 22:15

# Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias. - 1 Pedro 4:3

# Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte. - Apocalipse 21:8

Mas após a morte dos apóstolos a heresia, idolatria começaram a tomar conta de algumas comunidades cristãs – o próprio apóstolo João em sua 3 carta comenta sobre um homem chamado Diófretes que estavam deturpando as palavras dos apóstolos, e pior ainda estava falando mal dos escolhidos por Jesus – isso por que ele era cristão e líder de uma congregação primitiva! Porém além desses percalços os pais da Igreja primitiva como: Policarpo (Discípulo do apóstolo João), Justino (Foi um Filósofo convertido em evangelista), Clemente de Alexandria (Instrutor de novos convertidos), Orígenes (Um estudioso dedicado a Deus), Tertuliano (Apologista cristão aos romanos), Cipriano (Um rico que tudo o entregou a Cristo) entre outros, lutaram para manter os conceitos e princípios cristãos intactos. Porém no IV século houve uma reviravolta completa no cenário político-religioso que iria mudar completamente a vida dos cristãos. Durante toda a história do cristianismo houve grandes perseguições aos cristãos, eles eram acusados desde de incitação ao sedição política até a antropofagia, passando por incestos e etc. Todas essas acusações causaram a morte de vários irmãos que foram martirizados em nome de Cristo! O império Romano estava passando por várias mudanças políticas no início do IV século, o império havia sido dividido, haviam 4 reis dominando o vasto reino, insurgentes estavam surgindo por todos os lados, e nesse meio que surge um homem chamado Constantino I, ou Constantino, O Grande. Constantino se tornou imperador quando as coisas estavam meio descontroladas em seu império (ocidental). Ele e seu exército estavam lutando constantemente contra os bárbaros Germânicos e Gauleses, e durante uma dessas batalhas ele estava em menor número que os oponentes, foi quando ele teve uma visão, uma “Crux Romana” apareceu nos céus para ele, e ele naquele momento sentiu-se motivado na pintar nos escudos de seus soldados essa imagem, a “Crux Romana”, e curiosamente depois de algumas batalhas ele percebeu que depois dessa atitude de pintar os escudos ele não mais perdera uma batalha. Quando ele voltou para Roma ele estava convencido de que a “Crux” era o motivo do seu triunfo e proclamou que Jesus, aquele que tinha morrido na Cruz estava protegendo o imperador e o império, e assim proclamou que o império ocidental de Roma era definitivamente “Cristão” – alguns historiadores afirmam que essa atitude foi puramente política, pois o número de cristãos no império era muito grande. Independentemente dos reais motivos por traz dessa atitude, o importante é que agora a nação pagã de Roma se tornou cristã. Foi nesse momento que as coisas começaram a complicar para o Cristianismo. Como dito anteriormente, o povo romano tinha a característica de absorver a cultura dos povos conquistados, então em Roma existia realmente um vasto panteão religioso – tínhamos a adoração a Isis oriunda do Egito quando Caio Júlio Cézar a conquistou, tínhamos a adoração a Mitra trazia da Babilônia e Mesopotâmia, fora a adoração dos deuses greco-romanos, como as sacerdotisas Vestais, que simbolizavam as sacerdotisas de Apolo no Oráculo d Delfos. E como todos agora tinham que se converter ao cristianismo eles começaram a fazer o que chamamos de sincretismo religioso - consiste na absorção de influências de um sistema de crenças por outro – então eles começaram a professar o cristianismo porém continuavam usando os seus amuletos, suas imagens, seus pictogramas, mas agora invés de ser dos deuses pagãos estavam sendo de personagens cristãs, como os apóstolos (que viraram os SANTOS), da cruz que começou a ser venerada, da Adoração a Maria que veio da substituição da adoração a ISIS, e o Deus Mitra que era adorado no dia 25 de Dezembro foi substituído pelo o nascimento de Jesus e outras. No período dos séculos VII ao XIV o misticismo tomou conta da Igreja Católica, o uso de talismãs e relíquias era comum entre os membros do clero e do povo, com o objetivo de se aproximar mais e mais a Deus, pois eles achavam que apenas mediante esses objetos “santos” eles poderiam se comunicar com o Criador e foi essa busca “mística” se assim podemos dizer que motivou as Cruzadas, a busca pelo o cálice da última ceia de cristo, assim Cristão se achavam no direito de invadir e matar em nome de Deus, em busca de suas relíquias.

E hoje, o que podemos falar das nossas igrejas evangélicas/protestante. Quando voltamos no tempo e analisamos a história da Reforma Protestante fomentada por Martinho Lutero e depois consolidada por João Calvino e outros, vemos o trabalho que eles tiveram em fundamentar que não existe maneiras de se achegar a Deus a não ser através da bíblia e de orações, mediante a fé. Não existe possibilidade de o uso de bugigangas nas igrejas trazerem algum benefício para o crente, pois a nossa salvação ou intercessão depende apenas de Jesus conforme indicado em 1 Timóteo:

Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo. - 1 Timóteo 2:5-6

Ultimamente temos visto de tudo nas igrejas, é vassoura que varre o diabo, é a água abençoada do Rio Jordão, é o lenço que cura, é tanta coisa que começo a me ver na idade média diante de um mercador dizendo: “Leve esse potinho, nele contém o sangue de Jesus que morreu a 1000 anos! Ele cura tudo” Hoje a nossas igrejas estão se tornando centro de comercio da fé. Os Pastores, Bispos, Apóstolos, estão brincando com a palavra de Deus, estão brincando com a fé das ovelhas de Cristo, estão agindo como os fariseus e os doutores da Lei de Israel, que deturpavam a Lei para os seus próprios benefícios, como os mercadores que faziam comercio dentro do templo da Israel. Estão apenas interessados no lucro vil oriundo as fé de pessoas que não são orientadas com base nas escrituras. Todas as pessoas querem as soluções para os seus problemas, e acham que Deus tem que ajuda-las a qualquer custo, e elas acabam encontrando dentro de algumas “igrejas” aquilo que elas procuram – como se Deus fosse um Gênio da Lâmpada, pronto a conceder-lhe todos os seus desejos. Mas grande culpa disso não são os fieis, mas sim aqueles que promovem essa prática. O Apóstolo Paulo nos diz:

Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. - 2 Timóteo 4:3,4

Os líderes religiosos atuais em vez de buscarem a sã doutrina encontrada nas escrituras acabam buscando doutrinas, liturgias, ritos que agradam os seus próprios desejos, é como se o que a Bíblia diz não tivesse mais importância, e o que faz cócegas nos seus ouvidos é mais agradável, deixam-se levar pelas as multidões, pelos os “Milagres” que Deus faz através de seu ministério e etc... mas esquecem do que o Próprio Jesus nos diz em Mateus 7: 21,23:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. - Mateus 7:21-23

Respondendo a pergunta inicial, eu digo que sim, as nossas igrejas estão voltando as práticas supersticiosas da igreja católica na época medieval, e digo que grande parte desse problema se dá por parte dos próprios reformadores, que promoveram a livre interpretação das escrituras, e assim qualquer pessoa se acha no direito de interpretar as escrituras da forma que lhe aprouver, sem qualquer sistemática de Hermenêutica ou Exegese, e grande parte dos líderes religiosos não tem nem uma formação teológica, então acabam apelando para aquilo que funciona a milhares de anos – a busca espiritual. É isso que grande parte dos líderes religiosos pagãos faziam e ainda fazem hoje em dia. João Calvino disse algo muito interessante: “Oração e Trabalho”. Quando temos o real interesse em trazer a verdade, nós temos que orar constantemente a Deus pedindo uma orientação, e “labutar”, “trabalhar” para entender as escrituras, entender o real sentido das palavras, entender a mensagem que Deus queria e quer transmitir através de sua palavra. Não podemos deixar que esse movimento espiritualizado ou mercantilista tome conta de nossas igrejas! Temos que voltar para o verdadeiro Evangelho, e nos afastar das práticas que são contrárias a Bíblia.

E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. - 2 Pedro 2:1-2

Graça e Paz
Leandro Rocha

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