Irmãos, depois de um longo período sem
postagens hoje voltamos a alimentar o nosso blog, não que tivéssemos deixado o
blog de lado, não, mas os problemas do nosso cotidiano acabaram nos privando de
tempo e meios para escrevermos, é como diz Eclesiastes 9:11: “Pois o tempo e o
acaso sobrevém a todos”.
Todos os dias é costumeiro em meu serviço
durante a hora do almoço, conversarmos um pouco sobre Teologia e temas afins, e
hoje não foi diferente... tivemos uma longa conversa sobre teologia, história e
eclesiologia, e no decorrer da conversa surgiu uma questão muito pertinente.
Me
perguntaram:
Será que hoje as nossas igrejas atuais estão refletindo o
verdadeiro espírito cristão ou estamos voltando ao movimento supersticioso
católico dos séculos VIII ao XIV, onde o cristianismo católico ficou envolto na
busca/uso de relíquias e talismãs cristãos como pedaços da cruz de Jesus, mortalha
que envolveu o seu corpo ou coisas do gênero com o objetivo de obter proteção
ou mais proximidade com Deus?
Quando me fizeram essa pergunta eu fiquei
surpreso, pois a pessoa que a fez é um neófito (novo convertido), e ele fez a pergunta com bastante convicção e
confiança, que afirmo dizer que cheguei até me “emocionar”, por que além de ser
um colega de trabalho, irmão na fé, eu tenho o prazer e felicidade de
auxiliá-lo nos estudos teológicos, e vê-lo progredir me mostra quão grande é a
atuação de nosso Senhor sobre a vida dos seus servos, é a pura confirmação de
Hebreus 11:6: “... e que Deus recompensa aqueles que o Buscam”.
Essa pergunta é bastante complexa, pois para entende-la
temos que tratar de vários pontos de vista, entre eles o antropológico,
sociológico, histórico e teológico. A antropologia (ciência que estuda o homem) e a sociologia (a ciência que estuda o homem dentro de um grupo social) nos mostram
que o homem foi feito para viver em comunidade, ele não consegue viver isolado,
recluso a parte de um grupo que tenha os mesmos valores e conceitos que os seus
- embora
alguns optem pelo o isolamento, muitos o fazem por motivos de cunho
espiritual/religioso - e dentro de uma sociedade o homem desenvolve uma
hierarquia, onde o objetivo é delinear limites aos membros desse grupo, e os
estudiosos atestam que em grande parte dos grupos sociais o nível hierárquico
mais proeminente são as dos lideres espirituais (guias, xamã, pajés, gurus,
papas e etc...) que promovem um encontro, uma ponte entre o “físico” e o “espiritual”,
entre o “homem” e “Deus”.
Todos os homens são dotados de
Espiritualidade, quando eu digo espiritualidade é a vontade de se achegar a
Deus, de se conectar com o Divino, e com o tempo o homem transformou a
Espiritualidade em Religiosidade, que consiste em criar dogmas e ritos estruturados
para se achegar a Deus. Ao estudar a História humana, desde o desenvolvimento
da escrita e da olaria, o homem deixou claro as suas crenças, os seus rituais
para o encontro com Deus, e até grupos não letrados encontramos uma liturgia
bem estruturada. Isso tudo ocorre por que Deus colocou no coração do homem o
desejo de submissão a um ser supremo – O Próprio Deus. O profeta Jeremias
deixou isso bem explícito em seu livro onde nos diz:
“Eu sei, Senhor, que a vida do homem não lhe
pertence; não compete ao homem dirigir os seus passos. ” – Jeremias 10:23
O homem sente a necessidade de adorar, de crer
em um ser supremo que pode lhe escutar, ajudar, sustentar e punir. Essa é a
base de todas as crenças religiosas existentes, desde os índios Tupinambás do
Brasil aos antropófagos das ilhas na Oceania, passando pelos os Massais na
Africa e os Cristãos Europeus/Americanos/Asiáticos/Africanos e etc...
Desde os tempos remotos essa busca por
adoração foi sendo desenvolvida através das Eras. Os grandes Impérios do
passado como o Egito, os Assírios, Babilônios, Persas, Medos, Gregos e Romanos,
tinham uma forma de adoração muito vasta e pluralista, onde havia deuses
responsáveis para cada atividade do cotidiano, como “Rá” no Egito era
responsável pelo o nascer do Dia, já na Suméria e Babilônia nós tínhamos o Deus
Utu, para os Gregos era Apolo e para Romanos o nome era Febo. E cada membro da
sociedade era devota de um ou mais deuses, pois o Panteão (Pan – significa todo, e Teão vem
de Theos – Deus, assim definimos Pantheos como sendo o conjunto de Deuses de
uma sociedade), era bem vasto e sempre tinha um Deus que poderia suprir
as suas necessidades, e era bem comum o uso de objetos que reverenciasse o Deus
no qual você era devoto, isso é o que chamamos de talismãs/amuletos/imagens e
relíquias. Em meio a essas sociedades panteístas eis que Deus suscita um homem –
Abrão. Esse homem era residente da cidade Sumeriana de Ur, que era idólatra.
Porém Deus (Yahveh) o chamou para sair daquela sociedade idólatra, pluralista e
panteísta, para se tornar pai de uma nação, que não teriam Deuses para a
adoração, que não teriam imagens para venerar, e sim um único e poderoso Deus,
que não poderia ser representado por mãos humanas, apenas sentido nos corações aqueles
que o buscasse. Deus prometeu a esse homem, a paternidade de uma grande nação,
embora ele já tivesse mais de 90 anos e sua esposa 80 anos, e ainda fora o
agravante da idade ainda tinha a esterilidade de Sarai, mas como para Deus nada
é impossível ele mudou o nome de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara, e
concedeu-lhe um filho e a partir desse filho começou a história da nação de Israel.
Isaque tornou-se Pai de Esaú e Jacó. Deus elegeu Jacó, que posteriormente teve
o nome mudado para Israel, para prover descendência para o Messias; Jacó teve
12 filhos e depois os descendentes de Israel se tornaram escravos no Egito,
foram libertos depois de 400 anos de escravidão pelo o profeta e legislador
Moisés e esse lhe apresentou as leis de Deus a aquela nação. O Povo de Israel
se tornou um povo pactuado com Deus, e deviam viver debaixo das Leis e
estatutos de Deus, com o objetivo de mantê-los purificados das práticas imorais
e idólatras das nações circunvizinhas:
"Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra
da escravidão. Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti nenhum
ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo
da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o
Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus
pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com
bondade até mil gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos." -
Êxodo 20:2-6
Esse mandamento além de indicar a soberania e
exclusividade de Deus ainda os protegia da contaminação moral dos povos que os
rodeava. Mas a história mostra que durante vários momentos o povo de Israel se
afastou dos mandamentos e praticaram o que era desprezível ao nosso Senhor e
assim foi até a vinda do Messias!
Quando Jesus nasceu a nação de Israel estava
sobre o domínio Romano, e o império Romano tinha um costume muito elogiável que
era de não destruir a cultura dos povos conquistados, eles poderiam desfrutar
de sua cultura e religião, contanto que pagassem os tributos e cedessem membros
para o alistamento militar quando necessário. Quando Jesus veio ele começou a
mostrar que aquela nação apenas diziam louvar e adorar a Deus, quando na
verdade estavam usurpando a verdade, eles tinham a obrigação de ser a luz do
mundo, porém estavam em trevas espirituais, Jesus citando Isaías 29:13 disse:
‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de
mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por
homens’". Mateus 15:8-9
E ainda mostrando a falta de consideração com
a Lei e hipocrisias ele nos disse:
"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão
o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos
mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem
praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Guias cegos! Vocês coam um mosquito
e engolem um camelo. "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas!
Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de
ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato,
para que o exterior também fique limpo. - Mateus 23:23-26
Ou seja aqueles fariseus e mestres da Lei
estavam deturpando os mandamentos de Deus para se adequar aos seus objetivos,
assim eles estavam sendo hipócritas e imorais e por causa disso Jesus disse:
Ele respondeu: "Toda planta que meu Pai celestial não plantou
será arrancada pelas raízes. - Mateus 15:13
Jesus indicou que Deus iria arrancar a
salvação da nação de Israel assim como uma planta que não presta é arrancada e
jogada fora. Aqueles líderes religiosos perseguiram e crucificaram a Jesus, a
sua morte marcou o início do cumprimento da profecia de restauração dos homens
mediante o sangue do cordeiro, e da mesma forma que perseguiram a Jesus também
perseguiram os seus apóstolos e discípulos (Nenhum
escravo é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também perseguirão
vocês. - João 15:20) e com isso o cristianismo começou a ganhar outras
terras fora de Israel. Os apóstolos e discípulos começaram a discriminar o evangelho
em meio aos pagãos do império romano. No início do cristianismo os apóstolos
combateram veementemente a idolatria como podemos ver em alguns textos abaixo:
# Portanto, meus amados, fugi da idolatria. - 1 Coríntios 10:14
# Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou
com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos
seria necessário sair do mundo. - 1 Coríntios 5:10
# Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que,
dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou
beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. - 1 Coríntios 5:11
# Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual,
impureza e libertinagem; Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações,
iras, pelejas, dissensões, heresias. - Gálatas 5:19,20
# Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está
escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. - 1
Coríntios 10:7
# Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou
avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. -
Efésios 5:5
# Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação,
a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é
idolatria. - Colossenses 3:5
# Mas, ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se
prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a
mentira. - Apocalipse 22:15
# Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a
vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices,
glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias. - 1 Pedro 4:3
# Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e
aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a
todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o
que é a segunda morte. - Apocalipse 21:8
Mas após a morte dos apóstolos a heresia,
idolatria começaram a tomar conta de algumas comunidades cristãs – o próprio apóstolo
João em sua 3 carta comenta sobre um homem chamado Diófretes que estavam deturpando
as palavras dos apóstolos, e pior ainda estava falando mal dos escolhidos por
Jesus – isso por que ele era cristão e líder de uma congregação primitiva!
Porém além desses percalços os pais da Igreja primitiva como: Policarpo
(Discípulo do apóstolo João), Justino (Foi um Filósofo convertido em
evangelista), Clemente de Alexandria (Instrutor de novos convertidos), Orígenes
(Um estudioso dedicado a Deus), Tertuliano (Apologista cristão aos romanos),
Cipriano (Um rico que tudo o entregou a Cristo) entre outros, lutaram para
manter os conceitos e princípios cristãos intactos. Porém no IV século houve
uma reviravolta completa no cenário político-religioso que iria mudar
completamente a vida dos cristãos. Durante toda a história do cristianismo
houve grandes perseguições aos cristãos, eles eram acusados desde de incitação
ao sedição política até a antropofagia, passando por incestos e etc. Todas
essas acusações causaram a morte de vários irmãos que foram martirizados em
nome de Cristo! O império Romano estava passando por várias mudanças políticas
no início do IV século, o império havia sido dividido, haviam 4 reis dominando
o vasto reino, insurgentes estavam surgindo por todos os lados, e nesse meio
que surge um homem chamado Constantino I, ou Constantino, O Grande. Constantino
se tornou imperador quando as coisas estavam meio descontroladas em seu império
(ocidental). Ele e seu exército estavam lutando constantemente contra os
bárbaros Germânicos e Gauleses, e durante uma dessas batalhas ele estava em
menor número que os oponentes, foi quando ele teve uma visão, uma “Crux Romana”
apareceu nos céus para ele, e ele naquele momento sentiu-se motivado na pintar
nos escudos de seus soldados essa imagem, a “Crux Romana”, e curiosamente
depois de algumas batalhas ele percebeu que depois dessa atitude de pintar os
escudos ele não mais perdera uma batalha. Quando ele voltou para Roma ele estava
convencido de que a “Crux” era o motivo do seu triunfo e proclamou que Jesus,
aquele que tinha morrido na Cruz estava protegendo o imperador e o império, e
assim proclamou que o império ocidental de Roma era definitivamente “Cristão” –
alguns historiadores afirmam que essa atitude foi puramente política, pois o
número de cristãos no império era muito grande. Independentemente dos reais
motivos por traz dessa atitude, o importante é que agora a nação pagã de Roma
se tornou cristã. Foi nesse momento que as coisas começaram a complicar para o
Cristianismo. Como dito anteriormente, o povo romano tinha a característica de
absorver a cultura dos povos conquistados, então em Roma existia realmente um
vasto panteão religioso – tínhamos a adoração a Isis oriunda do Egito quando
Caio Júlio Cézar a conquistou, tínhamos a adoração a Mitra trazia da Babilônia
e Mesopotâmia, fora a adoração dos deuses greco-romanos, como as sacerdotisas Vestais,
que simbolizavam as sacerdotisas de Apolo no Oráculo d Delfos. E como todos
agora tinham que se converter ao cristianismo eles começaram a fazer o que
chamamos de sincretismo religioso - consiste
na absorção de influências de um sistema de crenças por outro –
então eles começaram a professar o cristianismo porém continuavam usando os
seus amuletos, suas imagens, seus pictogramas, mas agora invés de ser dos
deuses pagãos estavam sendo de personagens cristãs, como os apóstolos (que
viraram os SANTOS), da cruz que começou a ser venerada, da Adoração a Maria que
veio da substituição da adoração a ISIS, e o Deus Mitra que era adorado no dia
25 de Dezembro foi substituído pelo o nascimento de Jesus e outras. No período
dos séculos VII ao XIV o misticismo tomou conta da Igreja Católica, o uso de
talismãs e relíquias era comum entre os membros do clero e do povo, com o
objetivo de se aproximar mais e mais a Deus, pois eles achavam que apenas
mediante esses objetos “santos” eles poderiam se comunicar com o Criador e foi
essa busca “mística” se assim podemos dizer que motivou as Cruzadas, a busca
pelo o cálice da última ceia de cristo, assim Cristão se achavam no direito de
invadir e matar em nome de Deus, em busca de suas relíquias.
E hoje, o que podemos falar das nossas igrejas
evangélicas/protestante. Quando voltamos no tempo e analisamos a história da
Reforma Protestante fomentada por Martinho Lutero e depois consolidada por João
Calvino e outros, vemos o trabalho que eles tiveram em fundamentar que não
existe maneiras de se achegar a Deus a não ser através da bíblia e de orações,
mediante a fé. Não existe possibilidade de o uso de bugigangas nas igrejas
trazerem algum benefício para o crente, pois a nossa salvação ou intercessão depende
apenas de Jesus conforme indicado em 1 Timóteo:
Pois há um só Deus
e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se
entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu
próprio tempo. - 1 Timóteo 2:5-6
Ultimamente temos visto de tudo nas igrejas, é
vassoura que varre o diabo, é a água abençoada do Rio Jordão, é o lenço que
cura, é tanta coisa que começo a me ver na idade média diante de um mercador dizendo:
“Leve esse potinho, nele contém o sangue de Jesus que morreu a 1000 anos! Ele
cura tudo” Hoje a nossas igrejas estão se tornando centro de comercio da fé. Os
Pastores, Bispos, Apóstolos, estão brincando com a palavra de Deus, estão
brincando com a fé das ovelhas de Cristo, estão agindo como os fariseus e os
doutores da Lei de Israel, que deturpavam a Lei para os seus próprios
benefícios, como os mercadores que faziam comercio dentro do templo da Israel.
Estão apenas interessados no lucro vil oriundo as fé de pessoas que não são
orientadas com base nas escrituras. Todas as pessoas querem as soluções para os
seus problemas, e acham que Deus tem que ajuda-las a qualquer custo, e elas
acabam encontrando dentro de algumas “igrejas” aquilo que elas procuram – como se
Deus fosse um Gênio da Lâmpada, pronto a conceder-lhe todos os seus desejos.
Mas grande culpa disso não são os fieis, mas sim aqueles que promovem essa
prática. O Apóstolo Paulo nos diz:
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo
comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias
concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. - 2
Timóteo 4:3,4
Os líderes religiosos atuais em vez de
buscarem a sã doutrina encontrada nas escrituras acabam buscando doutrinas,
liturgias, ritos que agradam os seus próprios desejos, é como se o que a Bíblia
diz não tivesse mais importância, e o que faz cócegas nos seus ouvidos é
mais agradável, deixam-se levar pelas as multidões, pelos os “Milagres” que
Deus faz através de seu ministério e etc... mas esquecem do que o Próprio Jesus
nos diz em Mateus 7: 21,23:
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão
naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome
não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então
lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniqüidade. - Mateus 7:21-23
Respondendo a pergunta inicial, eu digo que
sim, as nossas igrejas estão voltando as práticas supersticiosas da igreja
católica na época medieval, e digo que grande parte desse problema se dá por
parte dos próprios reformadores, que promoveram a livre interpretação das
escrituras, e assim qualquer pessoa se acha no direito de interpretar as
escrituras da forma que lhe aprouver, sem qualquer sistemática de Hermenêutica
ou Exegese, e grande parte dos líderes religiosos não tem nem uma formação
teológica, então acabam apelando para aquilo que funciona a milhares de anos –
a busca espiritual. É isso que grande parte dos líderes religiosos pagãos faziam
e ainda fazem hoje em dia. João Calvino disse algo muito interessante: “Oração
e Trabalho”. Quando temos o real interesse em trazer a verdade, nós temos que
orar constantemente a Deus pedindo uma orientação, e “labutar”, “trabalhar”
para entender as escrituras, entender o real sentido das palavras, entender a
mensagem que Deus queria e quer transmitir através de sua palavra. Não podemos
deixar que esse movimento espiritualizado ou mercantilista tome conta de nossas
igrejas! Temos que voltar para o verdadeiro Evangelho, e nos afastar das
práticas que são contrárias a Bíblia.
E também houve entre o povo falsos profetas,
como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente
heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si
mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais
será blasfemado o caminho da verdade. - 2 Pedro 2:1-2
Graça e Paz
Leandro Rocha
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