Deus está disposto a nos ajudar! – Apenas uma reflexão.

“Não tenha medo, ó verme Jacó, ó pequeno Israel, pois eu mesmo o ajudarei”, declara o Senhor, seu Redentor, o Santo de Israel. (Isaías 41:14 - NVI)

Nos encontramos em uma época em que a “igreja” de modo geral encontra-se apática e infrutífera, estamos presenciando um grande esfriamento espiritual, que outrora já fora predito pelo Senhor Jesus quando este se referiu ao começo das dores de aflição/o começo do fim. Existem diversos motivos para esse esfriamento espiritual, porém o que mais se torna visível foi o mesmo problema que afetou a antiga nação de Israel – a liberalidade do Pecado. Muitos, infelizmente apoiem-se no fato de que Deus é amor, e creem que ele sempre está disposto a perdoar os seus erros e desejos de pecaminosos, e seus frequentes "deslizes" (sabemos que não existe super-crentes que são imunes ao pecado; porém nós temos que ter em mente que com Deus não se brinca, e não devemos tradar de modo leviano a misericórdia do perdão divino). Deus nos chamou para sermos santos, separados para o louvor da sua glória, mas constantemente temos nos desviado dos seus preceitos, e acabamos deixarmos de ser cristãos reais, para sermos apenas cristãos meramente nominais – infelizmente é o que mais vemos dentro de nossas igrejas atualmente.

Deus é misericórdia e amor, certo? Certo! Mas Deus também é - não em menor proporção ou em uma ordem posterior de intensidade - Justiça! Ele ama a retidão, e anseia que aqueles que se autoproclame seus servos, andem a altura desse privilégio; somos como um arauto que leva um decreto do Rei, o qual deve representá-lo diante do povo e transmitir com fidelidade a sua vontade, sem tirar nem pôr. A igreja de nossos dias tem perdido a visão do alvo, tem fixado o seu olhar em outros objetivos, como por exemplo, a ênfase na prosperidade a todo o custo (ou você prospera ou das duas uma: Ou você está em pecado ou Deus não é Deus). Muitos crentes estão vivendo e achando que são miseráveis porque não prosperam, achando que não são verdadeiros cristãos porque nem tudo sai como planejaram lá na sua empresa, ou lá no seu trabalho. Outros procuram ostentar templos monumentais, com o intuito de se mostrarem superiores e dignos de honras; líderes famosos começam a se digladiarem para ver quem conquista mais investidores para as suas igrejas-empresas, que são mais instituições com fins lucrativos do que meramente igrejas. As pessoas estão muito ocupadas com o seu próprio umbigo para se preocuparem umas com as outras. Já é coisa rara encontrar igrejas que seguem o exemplo da igreja primitiva, a qual caia na graça de todo o povo, e que recebia mais e mais convertidos que buscavam juntar-se a ela para simplesmente adorar a Deus, e não para buscar o seu sucesso financeiro. As pessoas quase não oram mais, pouco lêem a Bíblia, mas um objetivo continua de pé: querem ter vitória/sucesso/recompensas! Cantam, choram, se ajoelham, outras até se descabelam, pulam, rodopiam, mas suas vidas estão vazias da presença de Deus. Foram alcançados por Deus, mas estão vivendo apenas para sí mesmos, não para Ele. Tudo isso são sintomas de derrota e humilhação; não porque não temos riquezas e sucesso, mas porque os nossos olhos estão fitos nessas metas; sintomas de humilhação porque estamos tão ocupados que não temos tido tempo para evangelizar; sintomas de humilhação porque estamos despercebidos quanto a uma vida de constante oração e leitura e meditação na Palavra de Deus; sintomas de humilhação porque temos sido derrotados muitas vezes pelo pecado, pela carne, pelo mundo, pelo satanás o diabo. Mas as escrituras nos mostra que Ele é, o maior interessado em que sejamos restaurados. O povo de Israel quase foi reduzido a nada, por causa da sua própria desobediência, mas os remanescentes, buscaram ao Senhor, e o Senhor os ouviu, e os restaurou e os abençoou; e ainda, prometeu que estaria com eles e que os ajudaria. É importante lembrarmos de que a restauração sempre é precedida pelo arrependimento e pela busca do perdão de Deus, lemos isso na história de Israel.

A nação de Israel tinha o privilégio de ser o povo escolhido por Deus para ser a nação santa, porém, em muitos momentos da sua história verificamos os deslizes de Israel. O povo constantemente desviava-se do caminho, indo atrás de ídolos, abandonando o Senhor e afastando-se da comunhão com Ele. Em contrapartida verificamos a lealdade de Deus para com a Promessa/Aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó. Especialmente no livro de Isaías, onde este é levantado como Profeta em meio a um período crítico, quando aquele povo estava totalmente corrompido mas insistia em continuar se apresentando diante do Senhor como se nada estivesse acontecendo.

Deus mostrou ao seu povo que este estava pecando e desagradando de tal forma o seu coração, que chega a compará-lo a Sodoma e Gomorra (Isaías 1:10), cidades que foram totalmente dizimadas por Deus por causa de suas abominações (Gênesis 18:16-19:29). As cidades de Sodoma e Gomorra, atingiram um nível tão grande de devassidão, foram consideradas indignas de receber outra chance; e Israel se encaminhava para a mesma direção; Deus deixou isto bem claro através do Profeta Isaías, quando profere uma palavra de juízo para o seu povo, o qual, conhecendo ao Deus vivo, não foi fiel, verdadeiramente ao Senhor (Isaías 1.10-17). Devido aos seus pecados, Israel passou por muitas situações de humilhação diante de outras Nações, especialmente neste período - diante do Império babilônico, onde permaneceu em cativeiro durante setenta anos a fio. Porém, Deus permitiu que tais coisas sucedessem ao seu Povo com o objetivo de purifica-lo/refiná-lo através da dor. Dez tribos desapareceram no ano de 722 a.C., e Judá foi quase destruída em 587 a. C., deixando apenas um resto inexpressivo, que mais tarde voltou da Babilônia para reconstruir Jerusalém. O remanescente foi aquele que permaneceu no Senhor, mesmo distante de sua terra natal, sofreu, mas perseverou, e o nosso Deus os trouxe de volta para restaurar aquilo que havia ficado para trás. O amor e a misericórdia de Deus proporcionou esta bênção para o seu povo que agora estava em número bem reduzido. Israel que havia servido de "peteca" entre os Impérios rivais do oriente, agora ouvia da boca do Senhor a frase: “Não tenha medo, ó verme Jacó, ó pequeno Israel, pois eu mesmo o ajudarei”, declara o Senhor, seu Redentor, o Santo de Israel” (Isaías 41:14). O povo estava reduzido? Estava! Estava em aparente desvantagem diante daqueles que olhavam para ele? Com certeza! Mas aquele remanescente tinha ao seu lado o Deus Todo- Poderoso, que apesar dos erros do seu Povo, quis dar-lhe novamente a oportunidade de voltar a seu lugar e restaurá-lo para a glória Daquele que já o havia determinado. A Fidelidade de Deus a si mesmo e aos seus decretos fez com que estendesse a Israel uma segunda oportunidade.

Como é maravilhoso sentirmos o amor de Deus sobre as nossas vidas! Como nós, não poucas vezes temos sido infiéis, assim como Israel fora no passado, entristecendo ao nosso Pai amoroso. Muitas vezes estamos vivendo em uma situação de humilhação. Quantas vezes estamos caídos, fracos, feridos e cheios de ódio e falta de perdão, ou temos buscado glórias humanas ao invés de buscarmos direcionar toda a glória para aquele que é digno (Deus); quantas vezes estamos cheios de orgulho e de soberba, cheios de nossa intransigência e inflexibilidade diante do agir do nosso oleiro, querendo muitas vezes, até indagar o que é isto que Ele está fazendo, quando nada somos, a não ser um caco entre outros cacos. Quando deveríamos nos dobrar e nos quebrantarmos. Muitas vezes murmuramos contra o nosso Pai Celestial, pecando contra Deus e em contrapartida exaltando ao seu opositor. Nós mesmos nos colocamos nesta situação, pois Deus diz através do Profeta Jeremias: "De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um de seus próprios pecados." (Lamentações 3:39)

Nós somos os culpados da nossa situação de miserabilidade. Às vezes, mesmo sendo cristãos, nos esquecemos de viver a Palavra de Deus e aí a fé esmaece, e as tentações encontram abrigo em nós, o assédio do pecado já não precisa ser tão forte, pois estamos mais vulneráveis e assim, cedemos mais facilmente a ele. Por isso, muitos deixam de evangelizar, deixam de testemunhar acerca de Cristo, deixam de perdoar e assim, as igrejas ficam abarrotadas de crentes nominais, doentes e infrutíferos, que não sentem sequer compaixão pelas almas que estão perecendo no mundo. E é isso que alegra o diabo. Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja, é verdade. Mas, se permanecermos enfermos não teremos força nem poder para avançar. É necessário que haja em nós um despertamento e avivamento, primeiro pessoal, e a partir deste, o mesmo acontecerá de forma geral, para que possamos agir mediante o que Deus já nos garantiu. Não somos dignos, mas devido ao seu amor e misericórdia, ele nos escolheu para sermos o seu Israel espiritual, circuncidados no coração, como disse o Apóstolo Paulo em Filipenses 3:3, e isto traz sobre nós a grande responsabilidade de testemunharmos dEle diante do mundo.

O Deus Todo-Poderoso é Fiel aos seus decretos, e disse a Abraão que nele seriam benditas todas as Nações, todas as famílias da terra, ele falou através dos seus profetas que iria atrair com amor eterno muitas nações, aqueles que não o conheciam, que nunca ouviram falar dele. Nós, “gentios” (não-judeus) fomos escolhidos pelo Senhor, Ele teve misericórdia de nós, quando éramos apartados, e mesmo não havendo nada de bom em nós. Ele nos tirou do lamaçal do pecado, nos lavou no sangue do Cordeiro, morto em nosso lugar, e nos selou com o Seu Santo Espírito para a salvação, o que nos garante estarmos com Ele para sempre; bênção esta que nada e nem ninguém pode nos arrancar jamais.

Quando nos sentirmos sozinhos, ínfimos diante das adversidades lembremos do texto  base desse comentário: “Não tenha medo, ó verme Jacó, ó pequeno Israel, pois eu mesmo o ajudarei”, embora a nação fosse ínfima, insignificante Ela tinha algo que ninguém tinha – Deus ao seu lado, e nós somos hoje a nação de Deus, e nada ou ninguém poderá nos causar dano, pois estamos junto de nosso Deus, e todos os seus opositores tremerão e temerão mexer com o Israel Celestial de Deus.

Então irmãos procuremos aprender com os erros da nação de Israel, embora eles tivessem sido comparados com Sodoma e Gomorra, eles foram remidos diante de nosso Deus; o mesmo acontece conosco, embora possamos estar em decadência moral ou espiritual, temos sempre a escolha de servir a Deus e recebermos as bênçãos que este nos promete, hoje e por toda a eternidade.

"Que o Amor de Deus, a Paz de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e a consolação do Espírito Santo sejam com o povo de Deus hoje e sempre. Amém"

Por L.R